Me apaixonei por você dês do primeiro dia em que te vi. Mas me neguei a ceder. Para mim, o amor só tem uma causa; destruir. Em todos os outros amores que tive, todas as paixões e encantamento, só fui em um caminho, o mesmo caminho. O que me levava em estradas de rosas vermelhas brotando no branco perfeito da neve, mas que acabava em um vale de musicas sertanejas, lagrimas e mais uma ferida em um coração frágil. Todos, sem exceção. Porque acreditar que com você seria diferente? 
          Eu me negava a tudo que você oferecia além da amizade. Me negava a seus olhares invasivos, a seus olhos cheios de ternuras, a seu sorriso que me levava as estrelas. Me negava a seu toque que formigava minha pele. Me negava a tudo que eu queria que me oferecesse, e que você me oferecia sem hesitar, como se lesse minha mente, meu lado não racional, claro. Eu fazia o maior esforço do mundo para me proteger de você, e do que me tinha a oferecer. Dizem por aí que não ha dor pior que a dor de um parto, mas provo que é mentira. Provo que, além da dor física, uma dor avassaladora mas passageira, ha a dor da alma, que demora a passar, ou quase nunca passa. Não há dor pior que a tortura de amar alguém, mas ser impedido de aceitar este sentimento por percas e dores passadas e medos futuros. 
          Meu coração era frágil de mais para mais uma ferida.
          Estávamos a caminho do cinema, apenas eu e você e o carro do seu irmão. Íamos ver "Os Miseráveis", e eu amava seu modo culto. Eu amava tudo em você. Seus olhos me invadiam de uma maneira gostosa, e seu toque me arrepiava por inteira. Foi quando descobrimos que o transito nos impediu de ver os primeiros 30 minutos de filme. Ficamos no carro, esperando a outra seção, ouvindo musicas estilo James Blunt; quando ela começou a tocar musica favorita. Levei o dedo ao botão de volume do som do carro, mas parecia que eu não era a unica que favoritava aquela musica perfeita. 
          Nossa pele se chocou uma com a outra, e além da nossa pele, nossos olhares. Seus olhos castanhos prendiam os meus verdes, como se fossem um imã. E logo, estávamos ali, se beijando em bancos de couro. 
          Eu cedi, cedi e sabia que eu estava me destruindo. Como uma plebeia boba que amava o príncipe das trevas, ali estava eu, sem proteção, sem armadura ou armas, totalmente vulnerável. Estava aproveitando a caminhada de flores e neve, estava aproveitando cada segundo. Eu estava presa em seus lábios doces, e o mais incrivel é que eu tinha  a chave, mas não queria escapar. Não, eu não queria fugir desta prisão. Aquela noite, e por todas as outras, enquanto eu existisse, só queria uma coisa: Você. Só precisava de alguém em especifico para cuidas do meu coração. E esse alguém, tinha que ser você. 

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